domingo, 8 de março de 2015

it was love at first sight

*Talvez esse texto não faço nenhum sentido para você, acho que é apenas algo que eu precisava expulsar do meu sistema.

A porcaria do amor à primeira vista. É, já aconteceu comigo uma vez. Foi a primeira e única vez em que eu realmente me apaixonei por alguém. E foi, literalmente, uma droga, uma droga letal! O fim foi... Como posso descrever o fim? Foi trágico, é claro, mas foi algo que tomou uma proporção tão grande que eu não acho que posso utilizar simplesmente esse adjetivo para classificar a situação. Digamos então que foi a maldita bomba de Hiroshima encontrando com a porra do Big Bang. É, foi isso. Mas, é claro, não começou assim. Começou como todas as histórias de amor normalmente começam. Uma garota. Um garoto. Um encontro inesperado. Eu não estava procurando nada, nada mesmo, até você entrar por aquela maldita porta. Por que raios de todas as oficinas de teatro, de todas as cidades, de todos os planetas, você tinha que se inscrever justo naquela? Vai ver não dá mesmo para explicar o destino. Mas, sim, voltando a porcaria do amor à primeira vista. Foi apenas um segundo e meio. Eu olhei para aqueles olhos ridiculamente perfeitos e, pronto, estava fodida. Quer dizer, não literalmente (quem me dera). Isso é apenas uma metáfora, soube que está na moda ultimamente. Enfim, espero que vocês entendam de metáfora, porque esse texto inteiro é a porra de uma grande metáfora. Tem algum sentido profundo escondido dentro das entrelinhas da coisa toda. Eu só não posso te dizer qual é, porque afinal isso seria entregar o ouro e eu não faço essas coisas. Eu prefiro ensinar a pescar. Ok, voltando aqueles olhos ridiculamente perfeitos. Acho que eu até poderia ter resistido, se eles não viessem acompanhados daquele sorriso, um sorriso de corpo inteiro, um sorriso de alma e aquela voz marcante, que era a combinação perfeita entre o irônico e o sincero. Eu sei, soa uma tanto brega. Ora, a quem quero enganar? Soa brega pra caralho, mas já aceitei que é impossível fugir da "breguice" quando começo a falar de amor. Amor. Nunca achei que sentiria isso algum dia, acho que para falar a verdade nem fazia questão de sentir. Pelo que ouvi, o amor sempre trazia problemas e de problemas minha vida sempre foi cheia. Essa foi a principal razão de eu ter ido parar naquela aula. Era tanto problema, tanta coisa ocupando minha cabeça, que eu achei que aquilo ali, aquele bando de loucos gritando e se abraçando, fosse servir como válvula de escape para mim. Quem diria que tudo iria resultar no maior enrascada da minha vida? Se amar alguém fosse uma escolha, eu juro que só amaria alguém que me garantisse (quem sabe por assinado, talvez) que iria me amar de volta. Quando eu olhei para ele e senti toda aquela porcaria de borboletas no estômago, coração acelerando e pressão aumentando, eu apenas cruzei os dedos e rezei para que ele estivesse sentindo pelo menos metade da loucura que eu estava sentindo. Mas não, nananinanão. Como diria minha avó, nem tudo é como a gente quer. Às vezes você simplesmente está destinada a se foder sozinha ad infinitum. Se eu pudesse te dar um conselho, seria esse: não crie amizade com alguém que faz seu corpo sentir todo tipo de coisa esquisita, sem nem ao menos tocar em você. E, claro, eu digo isso por experiência própria. Quando você entra na "friendzone", você provavelmente não vai sair de lá nunca. Eu deveria ter começado deixando bem claro para ele o quanto a altura dele era perfeita para mim, como ele fazia o meu tipo e como eu achava hilária qualquer piadinha que ele fazia durante a aula. Mas não, eu comecei tentando criar uma amizade com ele. Amizade? A quem eu estava querendo enganar? Bom, a ele, é claro, mas acabei me enganando também no meio do caminho. Fui acreditando que ser amiga dele era melhor que nada, e que tudo bem ele me fazer sentir aquelas coisas. Afinal, um dia ele iria notar o quanto me afetava e como éramos perfeitos um para o outro, certo? Só que não. Ele não notou no primeiro mês, não notou no quinto mês e não notou no sétimo mês. Após um ano e meio de conversas, eu não podia mais aguentar, nem acreditei que segurei tudo aquilo na garganta por tanto tempo. Quando entre um "bom dia" e um "como vai você?" eu joguei todas as cartas na mesa, ele deu a porra de uma resposta vaga e de duplo sentido. E conseguiu arruinar a coisa toda no dia seguinte quando tentou ser sincero e consertar as coisas. Talvez amizades não possam ser salvas após situações como essas, pelo menos foi assim no nosso caso. Eu realmente gostaria que tivesse dado certo. Que o meu primeiro amor tivesse terminado tão bem quanto havia começado. Mas não foi assim e hoje, eu confesso, tenho medo de nunca mais sentir o que eu senti quando você entrou naquela sala: a porcaria do amor à primeira vista.

2 comentários:

  1. Olhaki, kiridinha! Nós precisamos conversar. Assim não dá! PORRA, QUE TEXTO LINDO! <3

    Me identifiquei tanto que eu pensava que você de alguma forma andou stalkeando meu pensamento. #aloka

    Eu acredito que todo tipo de amor dói: à primeira vista, aqueles que deu certo por um tempo mas acabou... Sempre dói! Só que quando a gente vai criando situações na nossa cabeça é pior, né? A gente cria tantas expectativas, sonha tanto. E sim, isso é culpa desse nosso romantismo exagerado adquirido em séries e livros. Pesquisas feitas por mim compravam! ;)

    Diante dessa situação, eu já compraria muitos potes de sorvetes, procuraria filmes adolescentes que retratam histórias semelhantes e passaria um bom tempo no meu quarto, porque né, gente tem de aproveitar esses momentos de sofrência.

    Espero que esteja tudo bem por aí. Se não estiver, paciência. Uma hora esse trem acaba (ou piora!).

    Bjs!

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  2. PUTA QUE PARIU, que texto foda. Jess, quer dizer... Danni, ou Jessica ou Daniessica... bom, você bem que me confunde agora... o que quero realmente dizer é: por favor escreva um livro, te peço de todo o meu coração. Escreva no estilo desse texto, porque todos esses palavrões sinceros e essa construção da narrativa, me prendeu e eu amei pra caralho. No começo pensei: olha essa Danni abusando da minha gemialidade com ela e me fazendo ler um texto enorme, mas na metade eu já queria que o texto se alongasse e virasse páginas e depois ficasse encadernadinho com cheiro de livro novo sabe? Morri.

    Primeiro amor fode a gente. Sofremos, mas depois olhamos pra trás e damos boas risadas, é sério! Quando conheci meu namorado, foi como primeiro amor de novo. Eu pensei: PUTA QUE PARIU o que você fez? Eu fiquei maluca.

    Arrasou! Que você tenha mais amores pra trazer mais textos assim.

    PS: Ainda não assisti Unbreakable Kimmy, não me mate.

    Beijos. Tudo Tem Refrão

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